sexta-feira, 21 de junho de 2013

África

A África representa uma enorme massa continental, constituída por diferentes nações e reconhecida pela sua enorme variedade de aspectos naturais.


A África é um continente reconhecido pela sua diversidade, desde os aspectos naturais até as características históricas e sociais. Dividido em 55 países, seu território é cortado por quatro linhas imaginárias: três paralelos principais (Trópico de Câncer, Equador e Trópico de Capricórnio) e o Meridiano de Greenwich. A linha do Equador atravessa a África aproximadamente na sua porção central, provocando a distribuição das terras nos hemisférios norte e sul. Como o Meridiano de Greenwich está localizado bem próximo da porção oeste do seu território, o continente africano tem uma pequena parte localizada no hemisfério ocidental, e a maioria de suas terras localizadas no hemisfério oriental.
O continente possui grande notoriedade por conta da presença das savanas, um tipo de vegetação dispersa, composta por árvores de médio porte e campos naturais. As savanas compreendem uma área capaz de oferecer condições de sobrevivência para uma série de mamíferos de grande porte como leões, girafas, rinocerontes e tantos outros. Na região equatorial ocorre a Floresta do Congo, formada por uma mata densa, de grande porte e com enorme biodiversidade, muito semelhante à Floresta Amazônica.
Se por um lado existem as savanas e a floresta equatorial, há também no continente extensas áreas desérticas, em destaque o Deserto do Saara, o Deserto da Namíbia e o Deserto do Kalahari. Local de povos nômades que se estabelecem ao longo dos oásis, os desertos possuem temperaturas que variam muito ao longo de um dia, podendo chegar a mais de 50°C no período de insolação e temperaturas abaixo de zero durante a madrugada. Por ser um recurso tão raro, a água é uma dádiva em áreas secas, e a presença de rios perenes, aqueles que não secam em nenhum período do ano, contribui para a fixação de população nas regiões desérticas. Nesse sentido, o rio Nilo pode ser considerado o melhor exemplo, atravessando as terras secas do Saara e ajudando na fertilização dos solos agrícolas.
Entre os rios importantes estão o Congo, de grande volume de água, o Níger, o Zambeze e o Orange. Como esses rios estão bastante espalhados pelo território africano, podemos dizer que a hidrografia do continente está mal distribuída, comprometendo o abastecimento de água de diversas localidades e agravando as tensões sociais. Entre esses problemas, podem ser citados a fome crônica, a mortalidade infantil e as disputas étnicas, que favorecem a manutenção do subdesenvolvimento socioeconômico por praticamente todo o continente. As jazidas de minerais e o potencial energético que a África apresenta não estão refletidos em desenvolvimento econômico que, quando ocorre, está fundamentado na concentração de riquezas e poder.
A África e sua enorme massa continental
Ainda com relação aos seus aspectos naturais, o relevo da África é formado principalmente pelos planaltos. As planícies ocorrem em menor quantidade, sempre contornando o seu enorme litoral e acompanhando o curso de alguns dos seus maiores rios. Na porção leste estão concentradas as montanhas e vulcões, sendo exatamente o trecho que detém o ponto culminante da África, o Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, que apresenta 5.895 metros de altitude.  Outras duas cadeias montanhosas são a Cadeia Atlas, ao norte, e os Montes Drakensberg, no extremo sul do continente.

Júlio César Lázaro da Silva
Colaborador Brasil Escola

A África e sua enorme massa continental

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Indicação de leitura

O continente africano e a globalização

Eliane Yambanis Obersteiner

Especial para o Fovest

A África é hoje um continente pouco urbanizado, a alimentação se baseia
predominantemente no extrativismo vegetal e na caça, e a população rural
vive em habitações de barro e palha. Conservam-se tradições primitivas e,
embora islamismo, catolicismo e protestantismo estejam presentes entre a
população, o espírito de milhões de africanos é fortemente guiado pelo
animismo.
Todos os países possuem graves problemas sociais básicos como
alimentação, saúde, moradia e educação, a maioria sem perspectivas de
solução a curto e médio prazos. O que a globalização tem a ver com o
continente africano?
O processo de globalização que hoje domina o cenário da economia
internacional caracteriza-se pelo investimento dos grandes capitais em
países de economia emergente, onde a possibilidade de lucro mostra-se
maior. No entanto, nem todas as economias nacionais são alvo de interesse
por parte dos principais investidores.
Nesse contexto, encaixa-se a maior parte dos países africanos, que está à
margem desse processo. Atualmente, o capital disponível para investimento
tem como preferência a América Latina, os países do Leste Europeu e
asiáticos. Isso é um problema para a África, pois, sem esse capital,
dificilmente se desenvolverá, devido à precariedade estrutural em que se
encontra. Do ponto de vista histórico, a vinculação africana ao mercado
internacional foi desastrosa e desorganizadora da economia tribal, já que a
relação dos países economicamente hegemônicos com o continente sempre
foi exploradora e predatória. Durante o mercantilismo, o principal papel
desempenhado pela África em relação ao mercado mundial foi o de
fornecedor de mão-de-obra para o sistema escravocrata.
Na fase contemporânea da história, o interesse europeu volta-se para a
expansão capitalista na forma de um neocolonialismo que submeterá o
continente aos interesses exploratórios de recursos naturais e de mercado.
Quando o colonialismo termina, a independência pouco altera a situação da
população, uma vez que a maior parte dos Estados Nacionais é opressora e
perdulária, dominada seja por civis, seja por militares. Além disso, os
constantes conflitos étnicos colaboram para agravar a situação, gerando
gastos e instabilidade política que retardam ainda mais o desenvolvimento.
Os efeitos de quase cinco séculos de exploração e estagnação justificam o
isolamento africano. A defasagem de seu desenvolvimento social e
econômico é imensa, inviabilizando sua inserção no processo de
globalização.

* Eliane Yambanis Obersteiner é professora de história do Colégio Equipe.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Regionalização da África

A divisão, aqui, apresentada foi extraída do material didático do curso sobre o Continente Africano oferecido pelo CEDERJ. E, de acordo com este, politicamente, o continente apresenta-se dividido nas seguintes regiões:

I. África Setentrional ou do Norte: constituída por 05 países e um território (Saara Ocidental), distribuídos sob duas sub-regiões: o Machrsch (leste) e o Magreb (oeste);

II. África Ocidental: composta por 16 países independentes;

III. África Central: compreende 08 países;

IV. África Oriental: formada por 10 países, estes se encontram dispostos em duas sub-regiões, a Norte-Oriental (Chifre da África) e a Centro-Oriental;

V. África Meridional ou Austral: compreende 14 países;

O mapa abaixo foi modificado, por mim, com a demarcação das 5 regiões africanas.



Mapa modificado no Adobe Photoshop

África Subsaariana

Com extensão territorial de aproximadamente 30,2 milhões de quilômetros quadrados, a África é o terceiro maior continente do planeta. Esse grande território, habitado por mais de um bilhão de pessoas, apresenta grande diversidade física, étnica, cultural e econômica. Todos esses elementos contribuíram para uma subdivisão regional, que estabeleceu a África Mediterrânea (também chamada de África Islâmica ou Setentrional) e a África Subsaariana.


Mapa da África destacando a subdivisão do continente

Essa regionalização do continente tem o deserto do Saara como divisor natural e os aspectos humanos, em especial a religião, como fator cultural. A África Mediterrânea, situada ao norte do deserto do Saara, é composta por apenas cinco países (Marrocos, Argélia, Tunísia, Líbia e Egito), além do território do Saara Ocidental. Já a África Subsaariana, compreende toda a área localizada ao sul do Saara, correspondendo a mais de 75% do continente.

As nações que integram a África Mediterrânea são banhadas pelo Mar Mediterrâneo ou pelo Oceano Atlântico. Apresentam características físicas e humanas semelhantes às das nações do Oriente Médio. O clima é desértico e a maioria dos habitantes é de origem árabe e seguidora do islamismo. Apesar de possuir problemas, essa porção do continente detém os melhores indicadores socioeconômicos da África.

domingo, 29 de maio de 2011

26ª Conferência Regional da FAO

Realizada a 26ª Conferência Regional da FAO

Origem: Wikinotícias, a fonte de notícias livre.
Agência VOA

6 de maio de 2010

Senegalés regando plantas.

O Relatório do Comité Técnico apresentado ao princípio

da tarde de hoje era aguardado com alguma

expectativa sobretudo devido as conclusões a que

chegaria no toca a questões que se prendem por exemplo

com as “Repercussões das mudanças climáticas sobre

a segurança alimentar e gestão dos recursos naturais”

e os “Apoios prestados pela FAO aos países para os

programas relacionados com Agricultura”.

Com uma agricultura de sequeiro, subdesenvolvida portanto que reproduz círculos viciosos de

pobreza familiar é com natural expectativa que os olhos do continente convirjam para

Luanda onde ministros e representantes de 53 países estão reunidos para decidir

sobre questões que têm a ver com a fome, segurança alimentar, reformas e o plano

de trabalhos para os próximos anos. O dia de hoje foi intenso de trabalhos.

O Relatório da Conferência é adoptado amanhã. Angola que tem recursos e potencial para

a agricultura apresentou-se com números de um balanço positivo a indicar melhorias

segundo o Executivo. Por exemplo, passou de menos cinco passou para 58 por cento o

contributo total do PIB não petrolífero segundo o Vice-Presidente da República.

Fernando Dias dos Santos “Nandó” falava hoje na cerimónia de abertura da sessão de

Ministros de África. Apesar de reiterado entusiasmo por parte dos políticos, da teoria a

prática é grande a distância. Este evento conta com a supervisão da Sociedade Civil

que se mostra preocupada não só com asformas de tomadas de decisão e da própria

condução das mesmas decisões. Vieram a Luanda idos de vários países para

escalpelizar ponto a ponto o cumprimento dos acordos anteriormente assumidos pelos

executivos. Previam intervir na sessão plenária de ministros e ver reflectidos os seus

pontos de vista no relatório final desta Conferência.

Por exemplo, dez por cento dos respectivos Orçamentos dos Estados devia

ser dedicado a agricultura. Esta foi uma decisão da conhecida reunião de Maputo.

Mas poucos países puderam cumpri-la. A corrida pela posse da terra por parte de

grupos empresariais começa a ser vista como ameaça aos interesses das comunidades

locais. As consequências da experiência da revolução verde no México e na Índia,

modelo que se pretendia para o continente Africano começam a enfrentar resistências.

O “side event” reúne 30 participantes representando África que regista a ausência

da Nigéria, África do Sul e Zimbabwe. Desconhecem-se as razões.

sábado, 28 de maio de 2011

Na África, pobre está cada vez mais pobre

Nova York, 10/06/2005Na África, pobre está cada vez mais pobre
Entre 1990 e 2001, a renda da população miserável caiu de 62 para 60 centavos de dólar; número de pessoas na pobreza aumentou
Crédito: ONU/Divulgação
da PrimaPagina

A proporção de pobres na região mais pobre do planeta, a África, aumentou na última década, deixando o continente ainda mais distante de cumprir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio — uma série de metas socioeconômicas que os países da ONU se comprometeram a atingir até 2015, abrangendo áreas como renda, saúde e educação. Um estudo divulgado pela ONU, intitulado Relatório 2005 dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, aponta que na África Subsaariana (região que exclui o norte do continente) 46,4% da população vivia em 2001 com menos de um dólar por dia. Em 1990, eram 44,6%.

Se não bastasse o aumento, essa parcela de miseráveis ficou ainda mais pobre. No período, a renda média diária caiu de 62 centavos para 60 centavos de dólar. Em 2001, a África Subsaariana atingiu uma população de 313 milhões de miseráveis, o que representa um acréscimo de 86 milhões de pessoas em relação a 1990.

De acordo com o relatório, lançado na quinta-feira, o agravamento da pobreza na região africana está ligado a três principais fatores: “cresce o número de pessoas que não conseguem ter oportunidades de emprego, a agricultura está estagnada e a Aids atinge brutalmente as pessoas em seus anos mais produtivos".

Em relação às outras regiões pesquisadas no relatório, a África Subsaariana é a que tem maior porcentagem de pobres em sua população (46,4%). Em seguida, bem mais abaixo, aparece o Sudeste Asiático (29,9%), seguido pelo leste da Ásia (16,6%). No total, aproximadamente um bilhão de pessoas, ou uma em cada seis, vivem abaixo da linha de pobreza no mundo, o que representa um grande desafio no cumprimento dos Objetivos do Milênio, estabelecidos em 2000.

"Em vários sentidos, este ano o desafio será muito maior do que no ano 2000. Em vez de apenas estabelecer objetivos, agora os líderes mundiais precisam definir um plano de ação para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio", comentou o secretário-geral da ONU, Kofi Annan, em referência à Cúpula de Setembro, que reunirá este ano os líderes mundiais para fazer um balanço parcial sobre o desempenho do mundo nos Objetivos.

América Latina

O relatório da ONU analisou oito regiões. A pobreza teve redução em quatro delas, três na Ásia e a América Latina e o Caribe. Em 1990, a região da América Latina e do Caribe tinha 11,3% de sua população vivendo com menos de um dólar por dia. Onze anos depois, a parcela recuou para 9,5% — uma queda de 15,9%. No mesmo período, a redução no Sudeste Asiático foi maior, de 24,1%, assim como no leste asiático (49,6%) e sul da Ásia e Oceania (47,95%).

A pobreza aumento não só na África Subsaariana, mas também nas ex-repúblicas soviéticas e no Leste Europeu.

http://www.pnud.org.br/pobreza_desigualdade/reportagens/index.php?id01=1245&lay=pde#